domingo, 17 de novembro de 2013

Obirici



Recatada e tímida, de uma beleza singular e luminosa, Obirici guardava o seu amor no fundo do coração.

Aconteceu, porém, que outra moça índia se apresentou querendo casar com ele. Não estava apaixonada, isso não, mas queria ser a esposa do Chefe, receber o respeito e admiração de todos, gerar e criar quem sabe o futuro Chefe da tribo...


Obirici, era desde menina apaixonada por Arakén .

Recatada e tímida, de uma beleza singular e luminosa, Obirici guardava o seu amor no fundo do coração.

Aconteceu, porém, que outra moça índia se apresentou querendo casar com ele. Não estava apaixonada, isso não, mas queria ser a esposa do Chefe, receber o respeito e admiração de todos, gerar e criar quem sabe o futuro Chefe da tribo... 


 O jovem guerreiro, que nunca tremia diante do inimigo, não soube escolher, não se animou a decidir. Bonitas, as duas. Tímida, Obirici. Ousada a rival. Vai então, aconselhado pelos velhos da tribo, determinou um torneio de arco e flecha para as duas candidatas. A vencedora seria a sua esposa – mãe de guerreiros.

No dia marcado, diante de toda a tribo reunida, as duas se apresentaram. Obirici atirou e acertou. A outra, também. Recuando o alvo, Obirici atirou e voltou a acertar. A outra, também. E por terceira vez as duas se prepararam para atirar, desta vez com o alvo bem distante.


 Obirici, então, cheia de medo de perder o seu amado, tremeu na hora de atirar. E errou. A outra, que não estava apaixonada, atirou tranqüilamente e acertou, sendo aclamada noiva do Chefe.

Diz-que na noite do casamento, Obirici se retirou para uma elevação num areal, longe da alegria da festa. E durante toda a noite chorou, com os braços erguidos para o céu, implorando paz para o seu coração amargurado.

Era noite de lua cheia, e para a lua Obirici chorou.

Era noite estrelada, e para as estrelas Obirici chorou, uma lágrima para cada ponto brilhante do céu.

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