domingo, 17 de novembro de 2013

Lucrécia Borgia





Lucrécia Borgia ficou conhecida com uma das mulheres mais cruéis da história. Mas, muito do que dizem a seu respeito pode ser creditado muito mais a seu pai e seus irmãos do que a ela mesma.
Filha de Joana Cattanei e do cardeal Roderigo Bórgia, que mais tarde tornou-se o Papa Alexandre VI, Lucrécia teve uma vida cheia de episódios de intriga, assassinatos, luxúria, devassidão e incesto.


Enterrou maridos e acabou com a fama de envenenar homens com um "pó" que guardava num compartimento secreto em seu anel. Nunca houve evidências que provassem isso. Entretanto, não se pode negar que assassinatos foram cometidos tendo Lucrécia como pivô.


Confira alguns fatos e escândalos que marcaram a vida dessa bela mulher do século XV :






Desde pequena seus irmãos travavam uma disputa por sua preferência.

Aos treze anos já era uma mulher fatal que chamava a atenção de qualquer homem.

Em seu primeiro casamento (aos 13 anos), Lucrécia foi ignorada pelo marido e passou o tempo todo da festa alternando a companhia de seus irmãos que recitaram a ela poemas de amor quando ela se foi para o leito nupcial com o marido.

Seu primeiro casamento não se consumou de imediato, pois ela era considerada muito jovem, e Lucrécia se manteve virgem por dois anos aguardando o marido. Não sem, entretanto, curtir as orgias nos aposentos do pai e dos irmãos, no Vaticano. Nessa época, os boatos sobre incesto aumentavam cada vez mais e Lucrécia era acusada de manter relações sexuais com os irmãos e, até, com o próprio pai.



Após um jantar na casa da mãe, um dos irmãos de Lucrécia aparece morto num rio. O assassino? O outro irmão motivado por inveja da posição social e pelo ciúmes doentio que sentia de Lucrécia, que era mais próxima do morto.

Depois de assassinar o próprio irmão, César Bórgia matou um criado que teve um caso com sua irmã.

Mesmo grávida de seis meses, Lucrécia consegui convencer a todos que era virgem (escondendo sua situação sob várias saias) e se divorciou do primeiro marido.

O bebê foi reconhecido por César Bórgia, como sendo seu filho.
Seus irmãos planejaram o assassinato de seu marido para que ela pudesse se casar com um homem mais rico. Ela descobriu e aconselhou-o a fugir.

Após esse episódio, a jovem passou uma temporada num convento, enquanto seu pai e irmãos planejavam o divórcio alegando que seu marido era impotente e que o casamento não tinha se consumado. Nesse período, Lucrécia fica grávida e existem inúmeras especulações sobre a paternidade: alguns dizem que o responsável foi um de seus irmãos, outros, um criado.


Mais uma vez enciumado e sangüinário, César assassina o segundo marido de Lucrécia.

A culpa recaiu sobre Lucrécia e diziam que seu marido tinha sido vítima de um de seus venenos (acusação sem nenhum fundamento).

O satirista Filolia difamava Lucrécia e sua família aos quatro ventos. Seu destino? Assassinado e mutilado.

 Lucrécia casa-se pela terceira vez. Numa ocasião, cai doente e César ameaça o marido, dizendo que se algo acontecesse à irmã, o sangue dela não seria o único a ser derramado por lá. (Ele desconfiava que o marido a estaria tentando matar.)

 César Borgia foi a inspiração de Maquiavel para o livro "O Príncipe".



Enfim, não se pode dizer que Lucrécia Bórgia tenha sido uma santa, por isso ela conquistou seu espaço aqui no "Malvadas". Entretanto, também não foi o demônio que pintam mundo afora. Digamos que ela tenha tido muito mais fama que atitudes maldosas de verdade. Mas, como diz o velho ditado: "quem tem fama, deita na cama."




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