quinta-feira, 19 de março de 2009

Imperatriz Jitô





























O Japão conheceu muitas imperatrizes. No passado, muitas vezes, o país foi governado por mulheres sábias e capazes, enquanto na China, país vizinho, houve apenas uma mulher que liderou o país, chamada Sokuten Bukô (624~705). Ela fundou a Dinastia Chou, tornando-se imperatriz (690~705). Apesar de seu caráter irascível, sua época foi marcada por prosperidade nunca vista na história da China. Nesse tempo, o Japão foi governado pelo imperador Tenmu, a imperatriz Jitô e o imperador Monmu. O Japão sempre se mirou na China, seu gigantesco vizinho, mas, tratando-se de valorização da mulher, os japoneses tinham mentes mais abertas que os chineses. Aliás, nos primórdios, o sol que ilumina o universo era representado por uma deusa.

A imperatriz Jitô, que governou o Japão entre 690~697, após a morte do seu marido e tio, o imperador Tenmu, foi uma mulher inteligente e sagaz.

No ano 686, quando o seu marido faleceu, receando que o príncipe Otsu, filho de sua irmã, tornasse sucessor do trono, já que o príncipe era uma figura muito querida por todos e versado na arte de poemas, ela fez com que Otsu fosse acusado por crime de traição e executado. Dessa forma, conseguindo afastar o seu principal rival, ela se tornou regente de seu filho, Kusakabe-no-ôji (662~689) e, após a morte dele, que sempre teve saúde delicada, conquistou o trono, aos 43 anos.

A imperatriz Jitô seguiu a linha de governo de seu marido, o imperador Tenmu, com o poder centralizado, estabelecendo a constituição Ritsuryô. Pelas leis de Ritsuryô, o povo tinha a obrigatoriedade de se registrar em koseki (registro civil), renovado de seis em seis anos, fazendo com que a população fosse controlada pelo poder central, e não mais pelos clãs locais.

Além de sedimentar o domínio de todas as terras e do povo pelo governo central, comandado pela corte Yamato, a imperatriz Jitô dedicou-se à construção do Palácio Fujiwara (província de Nara), que foi concluído em 694 e abrigou três gerações de imperadores.

Ela foi uma mulher de fibra, que lutou ao lado do marido durante a Revolta de Jinshin (672), da qual seu marido saiu vencedor na briga pela sucessão ao trono.

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