quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Inês de Castro
Inês de Castro , Dama da corte portuguesa nascida em Castela (Galicia – Espanha). Linda jovem loura de olhos verdes. Prometida aos 14 anos para o primo e herdeiro do trono de Portugal, D.Pedro, é dispensada do compromisso pelo Rei D.Afonso IV e trocada por Constança, uma princesa espanhola.
D.Pedro então, após os primeiros anos de casamento, começa a olhar com outros olhos para a prima, precisamente a linda Inês de Castro, agora também já casada. Ambos começam uma relação pecaminosa perante a igreja. Além das inúmeras desculpas para se manter fora de casa para se encontrar com Inês, D.Pedro ainda convida a amante para ser madrinha de seu primogênito, D.Fernando, e assim justificar os "encontros" tão comuns.
D.Afonso IV então ordena que Inês retorne para Castela. Porém assim que Constança morre, Inês volta a ser amante de D.Pedro.
Os conselheiros do reino não andavam muito satisfeitos com a nova situação, pois os irmãos de Inês, do Clã Castro, os soberanos de Castela eram conhecidos opositores do reino. Portugal está beirando o caos, pois além dos problemas políticos, há a proliferação da peste negra e a população está extremamente insatisfeita. D.Fernando, filho legítimo de Pedro e Constança, se sente ameaçado pelos irmãos bastardos. Seu avô, o rei D.Afonso IV, apoiado pelos conselheiros reais, Diogo Lopes Pacheco, Álvaro Gonçalves e Pêro Coelho, ordena a morte de Inês de Castro. Apesar de ser mãe de três filhos de D.Pedro, os executores, aproveitando a ausência de D. Pedro em uma de suas habituais caçadas, entraram no Paço e, ali mesmo, apesar de suas súplicas, a decapitaram em 7 de Janeiro de 1355 com apenas 30 anos de idade.
Ao retornar de sua viagem, D.Pedro descobre que sua amada Inês foi degolada e resolve se aliar aos Castro e tomar o reino de Portugal à força.
Quando finalmente derruba o pai, D Afonso IV, e assume o trono de Portugal, D.Pedro ordena a execução dos assassinos de sua amada. Inês de Castro é proclamada rainha de Portugal, tendo o seu corpo em adiantada decomposição coroado em cerimônia formal (inclusive com o beija-mão).
Cumprida a sua vingança, agora Rei D.Pedro I ordenou o translado do corpo da rainha Inês, do modesto cemitério da Mosteiro de Santa Clara, em Coimbra, para o suntuoso Mosteiro de Alcobaça, onde D.Pedro I mandou construir dois espetaculares túmulos.
Os túmulos de Inês e D.Pedro I, magníficas obras de arte tumular do século XIV, não estão dispostos tradicionalmente lado a lado, mas um de frente pro outro formando uma linha horizontal. Os corpos também estão dispostos de forma que fiquem pé com pé. Segundo D.Pedro I, no dia que eles se encontrassem para juntos subirem ao paraíso, se olhariam nos olhos. Um outro detalhe que impressiona são as bases dos túmulos. O túmulo de D.Pedro I é sustentado por 6 leões. O túmulo de Inês também é sustentado por 6 leões, mas com uma diferença: os leões não tem face felina, e sim humana. Os rostos dos seus assassinos. Ao ordenar esculpir as faces de seus algozes no túmulo de Inês, D.Pedro I simbolicamente condenou os assassinos a sustentar o peso de sua amada para toda a eternidade.
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