Alexandra, uma das mulheres mais belas do seu tempo, era filha do rei Cristiano IX da Dinamarca. Em 1863 contraiu matrimónio com Alberto Eduardo, então príncipe de Gales e depois rei de Inglaterra com o nome de Eduardo VII. Devido à sua posição privilegiada, Alexandra ditava a moda e impunha critérios estéticos. Costumava usar leques, frequentemente adornados com flores, geralmente rosas, pelas quais sentia especial predilecção. Por isso era conhecida como The Queen of Roses (A rainha das rosas) e deu o seu nome a uma variedade desta flor.
Lola Montes (1818-1861): Maria Dolores Eliza Gilbert, conhecida como Lola Montes, soube enfeitiçar com a sua beleza muitos homens poderosos e chegou a tornar-se amante do rei Luís I, da Baviera, que, depois de a cobrir de riquezas e honras – nomeou-a condessa de Landsfeld e baronesa de Rosenthal – perdeu o trono por causa dela. A aventureira, de origem irlandesa, fazia-se passar por espanhola e, como tal, o leque que manejava com especial destreza era um dos componentes essenciais dos seus adereços artísticos.
Inês de Castro , Dama da
corte portuguesa nascida em Castela (Galicia – Espanha). Linda jovem
loura de olhos verdes. Prometida aos 14 anos para o primo e herdeiro do
trono de Portugal, D.Pedro, é dispensada do compromisso pelo Rei
D.Afonso IV e trocada por Constança, uma princesa espanhola.
D.Pedro então, após os primeiros anos de casamento, começa a olhar com
outros olhos para a prima, precisamente a linda Inês de Castro, agora
também já casada. Ambos começam uma relação pecaminosa perante a igreja.
Além das inúmeras desculpas para se manter fora de casa para se
encontrar com Inês, D.Pedro ainda convida a amante para ser madrinha de
seu primogênito, D.Fernando, e assim justificar os "encontros" tão
comuns.
D.Afonso IV então ordena que Inês retorne para Castela. Porém assim que Constança morre, Inês volta a ser amante de D.Pedro.
Os conselheiros do reino não andavam muito satisfeitos com a nova
situação, pois os irmãos de Inês, do Clã Castro, os soberanos de
Castela eram conhecidos opositores do reino.
Portugal está beirando o caos, pois além dos problemas políticos, há a
proliferação da peste negra e a população está extremamente
insatisfeita. D.Fernando, filho legítimo de Pedro e Constança, se sente
ameaçado pelos irmãos bastardos. Seu avô, o rei D.Afonso IV, apoiado
pelos conselheiros reais, Diogo Lopes Pacheco, Álvaro Gonçalves e Pêro
Coelho, ordena a morte de Inês de Castro. Apesar de ser mãe de três
filhos de D.Pedro, os executores, aproveitando a ausência de D. Pedro em
uma de suas habituais caçadas, entraram no Paço e, ali mesmo, apesar de
suas súplicas, a decapitaram em 7 de Janeiro de 1355 com apenas 30 anos
de idade.
Ao retornar de sua viagem, D.Pedro descobre que sua amada Inês foi
degolada e resolve se aliar aos Castro e tomar o reino de Portugal à
força.
Quando
finalmente derruba o pai, D Afonso IV, e assume o trono de Portugal,
D.Pedro ordena a execução dos assassinos de sua amada. Inês de Castro é
proclamada rainha de Portugal, tendo o seu corpo em adiantada
decomposição coroado em cerimônia formal (inclusive com o beija-mão).
Cumprida
a sua vingança, agora Rei D.Pedro I ordenou o translado do corpo da
rainha Inês, do modesto cemitério da Mosteiro de Santa Clara, em
Coimbra, para o suntuoso Mosteiro de Alcobaça, onde D.Pedro I mandou
construir dois espetaculares túmulos.
Os túmulos de Inês e D.Pedro I, magníficas obras de arte tumular do
século XIV, não estão dispostos tradicionalmente lado a lado, mas um de
frente pro outro formando uma linha horizontal. Os corpos também estão
dispostos de forma que fiquem pé com pé. Segundo D.Pedro I, no dia que
eles se encontrassem para juntos subirem ao paraíso, se olhariam nos
olhos. Um outro detalhe que impressiona são as bases dos túmulos. O
túmulo de D.Pedro I é sustentado por 6 leões. O túmulo de Inês também é
sustentado por 6 leões, mas com uma diferença: os leões não tem face
felina, e sim humana. Os rostos dos seus assassinos. Ao ordenar esculpir
as faces de seus algozes no túmulo de Inês, D.Pedro I simbolicamente
condenou os assassinos a sustentar o peso de sua amada para toda a
eternidade.