quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Essa mulher, a doce melancolia






















Essa mulher, a doce melancolia
dos seus ombros, canta.
O rumor
da sua voz entra-me pelo sono,
é muito antigo.
Traz o cheiro acidulado
da minha infância chapinhada ao sol.
O corpo leve quase de vidro.

Eugenio de Andrade
In O peso da sombra

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