quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Condessa de Ségur



























Sua família era originária da Mongólia. O pai, Fiodor Vassilievitch Rostopchine era comandante-geral e, depois, Ministros das Relações Exteriores da Rússia.

Em 1814 a família Rostopchine foi forçada a partir para o exílio, primeiro dirigindo-se ao ducado de Varsóvia, depois para a Confederação Alemã e península italiana e, finalmente, em 1817, para a França, durante a Restauração dos Bourbon. Ali seu pai estabeleceu um salão, e tanto sua esposa como a filha se converteram ao Catolicismo Romano.

Foi no salão paterno que Sophie conheceu o Conde Eugène Ségur, com quem casou-se a 14 de julho de 1819. Foi um matrimônio em grande parte infeliz: seu esposo era ausente, descuidado, além de pobre (até ter se tornado um dos Pares de França, em 1830), e suas visitas ao castelo onde morava a esposa eram bastante inconstantes, em Nouettes (próximo a L'Aigle, no Orne). A despeito disso, renderam-lhe oito filhos - a ponto de o conde referir-se à esposa como "la mère Gigogne" (ou: "a mãe Matrioska"), numa referência às bonecas de madeira típicas da Rússia, onde uma figura esconde outra em seu interior, e assim sucessivamente.

Aos 50 anos, começam a surgir os netos. E, mais tarde, quando as netas Camille e Madeleine partem para Londres, onde o pai de ambos fora nomeado Embaixador, ela começa a escrever livros que a elas dedica. Publica assim mais de vinte romances, que rapidamente se tornam célebres.

A Condessa de Ségur escreveu seu primeiro conto com a idade de 58 anos.


Obras publicadas:

1. Les nouveaux contes de fées, illustré par Gustave Doré, Hachette, Bibliothèque des Chemins de fer, 1857

2. Les petites filles modèles, illustré par Bertall, Hachette, Bibliothèque des Chemins de fer, 1857

3. Les malheurs de Sophie, illustré par Horace Castelli, Hachette, Bibliothèque Rose, 1858.

4. Les vacances, illustré par Bertall, Hachette, Bibliothèque Rose, 1859.

5. Mémoires d'un âne, illustré par Horace Castelli, Hachette, Bibliothèque Rose, 1860.

6. Pauvre Blaise, illustré par Horace Castelli, Hachette, Bibliothèque Rose, 1862.

7. La soeur de Gribouille, illustré par Horace Castelli, Hachette, Bibliothèque Rose, 1862.

8. Les bons enfants, illustré par Ferogio, Hachette, Bibliothèque Rose, 1862.

9. Les deux nigauds, illustré par Horace Castelli, Hachette, Bibliothèque Rose, 1863.

10. L'auberge de l'Ange Gardien, illustré par Jean-Antoine Foulquier, Hachette, Bibliothèque Rose, 1863.

11. Le général Dourakine, illustré par Emile Bayard, Hachette, Bibliothèque Rose, 1863.

12. François le bossu, illustré par Emile Bayard, Hachette, Bibliothèque Rose, 1864.

13. Comédies et Proverbes, illustré par Emile Bayard, Hachette, Bibliothèque Rose, 1865.

14. Un bon petit diable, illustré par Horace Castelli, Hachette, Bibliothèque Rose, 1865.

15. Jean qui grogne et Jean qui rit, illustré par Horace Castelli, Hachette, Bibliothèque Rose, 1865.

16. La fortune de Gaspard, illustré par Gerlier, Hachette, Bibliothèque Rose, 1866.

17. Quel amour d'enfant !, illustré par Emile Bayard, Hachette, Bibliothèque Rose, 1866.

18. Le mauvais génie, illustré par Emile Bayard, Hachette, Bibliothèque Rose, 1867.

19. Diloy le chemineau, illustré par Horace Castelli, Hachette, Bibliothèque Rose, 1868.

20. Après la pluie le beau temps, illustré par Emile Bayard, Hachette, Bibliothèque Rose, 1871.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Antígona




























Filha de Édipo e Jocasta, foi um belo exemplo de amor fraternal
.Foi a única filha que não abandonou Édipo quando este foi expulso de seu reino, Tebas, pelos seus dois filhos.
Mesmo sendo meiga, suave e angelical , pura e humilde , luta bravamente para romper os valores de sua época.
Determinada e altiva,logo que chega a Tebas, toma conhecimento do destino infausto dos irmãos como também do édito de Creonte. Antígona se indigna. Não poderia ela, como uma das últimas familiares restantes do morto, deixar de cumprir com os obrigatórios ritos consumados.Sua irmã Ismena, porém, acha aquilo temerário. Lembra a Antígona que elas descendem de uma dinastia amaldiçoada, onde todo os antepassados ou próximos tiveram morte horrível (Laio, o avô delas, foi morto pelo próprio filho Édipo, que depois arrancou os próprios olhos; Jocasta, simultaneamente, a mãe e avó delas, matou-se, e seus dois irmãos, Etéocles e Polinices, foram-se na voragem do fratricídio). Quem sabe seria melhor acatar as determinações do novo rei, o tio delas? Afinal, pondera, elas são mulheres e ninguém iria cobrar-lhes atitudes viris e temerárias, tal como desafiar a autoridade de Creonte. Antígona, porém, desprezou-a. Para ela, a irmã era covarde, incapaz de sensibilizar-se com as responsabilidades da casta nobre, a que por sangue pertenciam. Na calada da noite, contornando as sentinelas que vigiavam o irmão defunto, ela conseguiu prestar-lhe as homenagens, fazendo as libações e jogando um pouco de terra sobre os seus restos.
Detida, ela é conduzida ao rei. A princesa não se desculpa. Ao contrário, depois de ter iniciado no interrogatório cabisbaixa, lança no rosto de Creonte que nenhuma lei humana ou real poderia detê-la naquele seu ato de obediência aos desígnios bem mais profundos. Aqueles que obrigam um parente a dar sepultura a um dos seus. Possesso, o rei ordena que a emparedem, que a sepultem viva. Da boca de Antígona, tomada por um volúpia orgulhosa, quase suicida, não sai nenhum apelo de comiseração ou perdão.
A volta atrás do rei porém deu-se tarde. Chegando ao local, ao ordenar que desemparedassem Antígona, deram com ela morta. A filha de Édipo pendia numa corda, enforcara-se. Herão, o noivo, enlouquecido pela dor, desembainhado a espada, tenta estocar o pai, que, assustado, refugia-se do lado de fora do muro caído. O rapaz então, alucinado, volta a ponta da lâmina contra o seu abdômen e deixa-se cair sobre ela, matando-se.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009























“É muito fácil ser feliz com aquilo que se quer... Difícil é ser feliz com aquilo que se tem... E essa é toda a mágica da vida”

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Mulher de peixes



























Mulher de Peixe... peixe é
Em águas paradas não dá pé
Porque desliza como a enguia
Sempre que entra numa fria.
Na superfície é sinhazinha
E festiva como a sardinha
Mas quando fisga um namorado
Ele está frito, escabechado.
É uma mulher tão envolvente
Que na questão do Paraíso
Há quem suspeite seriamente
Que ela era a mulher e a serpente.
Seu Id: aparentar juízo
Seu Ego: a omissão, o orgulho
Sua pedra astral: a ametista
Seu bem: nunca ser bagulho
Sua cor: o amarelo brilhante
Seu fim: dar sempre na vista.

(Vinícius de Moraes)