quarta-feira, 28 de outubro de 2009

As Mulheres
























As mulheres têm responsabilidades pesadas. É por causa disso que na entrada do paraíso, nenhuma pergunta é feita a elas. Deus, entretanto, interroga seus maridos. Ele pergunta: “ – Tu estás satisfeito com tua mulher?” Caso o homem responda:"– Sim, eu estou satisfeito”, então Deus lhe ordena que tome sua mulher e que entrem no paraíso.

As mulheres têm obrigações pesadas. Eu mesmo, por exemplo, raramente carreguei os meus próprios filhos. E quando eles choravam, eu não era capaz de segurá-los nos braços sequer por cinco minutos. Mas as mulheres carregam as crianças durante anos e anos. Mesmo quando elas choram. É muito difícil, vocês sabem!

Dia e noite as mulheres estão cuidando de nós. É por isso que a Lei Islâmica ordena o maior respeito aos pais e principalmente à mãe. Vocês devem responder sete vezes a suas mães, enquanto que o devem somente uma vez a seus pais.

Se vocês consultarem os ensinamentos tradicionais, verão a história seguinte. Um dia, um filho percebeu que as forças de sua mãe estavam se esgotando. Ele, então, decide levá-la para fazer a peregrinação. Ela, porém, de tão fraca que estava, não podia efetuar sozinha as sete voltas em torno da Kaaba (a Pedra Negra); desse modo, ele a coloca em suas costas para fazer com ela os giros rituais. Quando ele a devolve ao chão, depois do longo esforço, escuta sua voz interior dizer que ele não cumpriu sequer o equivalente a uma só das noites de vigília que sua mãe sacrificou para cuidar dele.

As mulheres têm obrigações muito pesadas. As mães de vocês os carregaram por nove meses no ventre. Elas fizeram um enorme sacrifício para educá-los quando vocês eram pequeninos. Por conta disso, a Lei Islâmica ordena que vocês tenham por elas um respeito tão grande, que deveriam beijar seus pés. Se vocês aspiram ao paraíso, não hesitem em beijar os pés de suas mães.

Aqueles que afirmam que o Islam desrespeita as mulheres são ignorantes, pois o Islam concede às mulheres um lugar que religião ou civilização alguma jamais as concedeu. Dentro do Islam, as mulheres beneficiam-se plenamente dos seus direitos, de respeito e de justiça completos.

Que civilização lhes assegura tais coisas? A civilização européia?

Eu vi europeus que conservam cães dentro de casa, enquanto que enviam suas mães para asilos de idosos. Eles se tornam servidores de cães e se desfazem daquelas que os puseram no mundo, que os amamentaram, que os acalentaram. Eles têm mais afeição por um animal doméstico do que pelos próprios pais. Eles metem suas mães no canil e oferecem a cama a seus cães! Que civilização é essa?

Suas mulheres cuidam dos filhos de vocês, cuidam de vocês e dos seus lares. São encargos pesados. Vocês devem cuidar de seus filhos, pois eles são seus filhos, e vocês não podem obrigar as mulheres a fazerem isso sozinhas. Vocês não podem obrigá-las a amamentar seus filhos, nem a cuidar deles; no entanto, elas o fazem. E o que elas fazem pelos seus filhos, elas fazem igualmente por vocês. E por causa disso, vocês devem estar ao serviço delas.

O Islam faz das mulheres as rainhas da casa. Eu fiquei muito feliz de ouvir um irmão nosso que se dirigia sempre a sua mulher assim: “– Minha Rainha, minha Rainha.” Como eu fiquei feliz em ouvir isso! O respeito do marido pela sua mulher, esse é o verdadeiro Islam. A Lei divina, que foi revelada com o Islam, ordena que não se deve deixar a mulher se tornar a serva da casa. Vocês, os homens, devem estar ao serviço das mulheres.

No Ocidente, às vezes, os homens fazem suas mulheres de escravas. Eles criticam o Islam e afirmam que são civilizados, mas o que é que eles estão propondo na realidade? O que é que eles estão fazendo? Eles estão fazendo de suas mulheres escravas, não somente no interior de casa, mas também fora dela. Muitas mulheres estão esgotadas de tal modo, que se desgastam e envelhecem antes do tempo. Na realidade, a civilização do século XX multiplicou as cargas que pesam sobre as mulheres. À noite, elas têm que cuidar da casa, limpar, fazer compras, cuidar das necessidades das crianças, alimentá-las, lavar e passar as roupas, lavar a louça, fazer a faxina, certificar-se de que está tudo em ordem. Tudo isso após uma jornada de trabalho fora de casa. O seu lar não lhes proporciona o mínimo repouso; ele faz delas escravas.

As mulheres que estão submetidas a tais condições reivindicam seus direitos, os “direitos das mulheres”. Mas contra quem elas fazem essas reivindicações? Não é precisamente contra os incrédulos, contra aqueles que não lhes concedem o que elas têm direito? É contra o Islam que se fazem essas exigências?

O problema é reconhecer o Islam autêntico. Freqüentemente, os próprios muçulmanos não o aplicam. A maior parte deles é de mentirosos.

Eu estou infeliz e ao mesmo tempo furioso com a condição imposta às mulheres do século XX. Elas estão sendo constantemente reduzidas à escravidão. Enquanto que os homens trabalham oito horas, às vezes menos e, às vezes, nem sequer trabalham. Eles se divertem, passam o tempo nos cafés e nos bares; dispensam suas mulheres, mandam que elas fiquem em casa. E quando eles retornam, às vezes as espancam e as insultam, para não falar de coisas mais cruéis.

Se eu governasse esse país, eu tomaria medidas contra isso: na Escócia há uma ilha deserta. Aqueles que não respeitassem suas mulheres seriam enviados a essa ilha, com os pés acorrentados. Aqueles que não respeitam suas mulheres deixaram de ser seres humanos. Tornaram-se animais selvagens. Como podem tratar assim as mulheres, que assumem para si responsabilidades tão pesadas?

No paraíso, vocês chegarão com suas mulheres e lhes será feita a pergunta: “– Tu estás satisfeito com ela?” Não serão feitas perguntas diretamente às mulheres, mas somente a seus maridos, pois o sofrimento delas aqui em baixo e principalmente o que sofrem dos homens já é passaporte suficiente.

Se, diante da pergunta, um marido louco responde: “– Eu não estou satisfeito com ela”, então lhe será respondido: “– Como é que tu podes não estar satisfeito com tua mulher, uma vez que ela era uma proteção entre ti e o fogo do inferno? Se ela não fosse essa proteção, Eu te ordenaria agora a ir para o inferno. É uma grande proteção, proteger os homens da ilicitude. Pois a ilicitude conduz ao inferno.
“– Em segundo lugar, essa mulher, com quem tu não estás satisfeito hoje, não cuidou dos teus filhos, não foi ela que lhes amamentou? Não foi ela que cuidou de ti? Não foi ela que lavou as tuas roupas? Não foi ela quem manteve limpa a tua casa, a tua cama, o teu lar?
“– Lembra-te o que acontece numa casa sem uma mulher. Uma casa assim parece mais com um estábulo. Lembra-te da casa dos homens solitários! Não dá nem para entrar nelas. Certamente que é preferível mesmo entrar num estábulo, onde tudo é tão sujo e desordenado.”

É por isso que eu agradeço a Deus por nos ter criado as mulheres. Nossas mães, nossas irmãs, nossas esposas, nossas rainhas.
Se, no paraíso, você responde: “– Eu não estou satisfeito”, Deus decide enviar esse inconsciente que você é diretamente para o inferno. Deus declara: “– Esse servo está louco de não Me agradecer pela maior das recompensas que eu lhe proporcionei.”

Prestem atenção nas mulheres. Deus está próximo delas. O Profeta Muhammad (que a Paz seja com ele) dá sua intercessão em primeiro lugar às mulheres. Ele intercede primeiro por nossas irmãs, por nossas mães, por nossas esposas. Que Deus nos perdoe, pois somos pecadores e opressores, e que Deus as abençoe.

As mulheres vão para o paraíso. Se não houvesse as mulheres, não haveria paraíso. Sem as mulheres, este mundo inferior não seria agradável. Sem as mulheres, o paraíso tampouco seria agradável. Adão foi criado primeiro e ele estava no paraíso. Ele ia e vinha, olhava aqui e ali, sentava-se. Mas o paraíso não lhe agradava e Adão não experimentava prazer algum. Deus sabia o porquê. Até que Ele fez Adão se sentar. Ele o fez adormecer, embora ninguém durma no paraíso, pois o sono pertence ao tempo perdido. E, no paraíso, o prazer é ininterrupto, é contínuo. Por isso ninguém dorme lá. Mas Deus o faz dormir por um único segundo. E Ele cria Eva.

Quando Adão acordou, ele viu Eva sentada. Eva, a mãe da humanidade. Ele a olhava. E o paraíso foi verdadeiramente o paraíso.

As mulheres são, para os homens, um dos maiores favores e um das maiores bênçãos de Deus, Todo-Poderoso, aqui em baixo e no além.




Shaykh Nazim al-Haqqani an-Naqshbandi
(Tradução de Nur Dórea Gomes da Costa)

Sheffield (Grã-Bretanha). Fevereiro de 1994.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Betsabá

















Ela foi uma das mulheres mais poderosas do Velho Testamento.
Teve a seus pés Davi, o herói judeu que matou o gigante Golias e depois se transformaria em rei de Israel.
Davi, pastor de origem, subjugou varios povos: filisteus, moabitas, amonitas, arameus. Mas seu coração foi inteiramente subjugado por Betsabá. Foi um caso de paixão à primeira vista. Conta-se no Velho Testamento que Davi, depois de tirar uma sesta, avistou do seu palácio uma mulher "muito formosa" tomando banho. Era Betsabá.

Davi pediu que a trouxessem ao palácio. E logo a conheceu — no mais puro sentido bíblico. Betsabá engravidou. Isso não seria problema, não fosse o detalhe de Betsabá ser casada com outro homem, o pobre Urias, uma das maiores vítimas bíblicas da luxúria alheia. Betsabá avisou a Davi que concebera. O rei tentou remediar a situação. Mandou chamar Urias e tentou convencê-lo a ir para casa. Lá, Betsabá levaria Urias para a cama. E tudo estaria resolvido: Urias seria pretensamente o pai do filho de Betsabá. Só que Urias se recusou. Não uma, mas duas vezes. Para um soldado honrado como ele, parecia indigno desfrutar os encantos sexuais de uma mulher enquanto seus companheiros guerreavam. Essa noção rígida de honra o matou.
Davi pediu a Joab, chefe de seu exército, que pusesse Urias no lugar onde a guerra contra os amonitas fosse mais violenta. Foram as seguintes as palavras de Davi, segundo o Velho Testamento: "Coloque Urias na frente, onde o combate for mais renhido e desampare-o para que ele seja ferido e morra".
Foi o que aconteceu. Betsabá estava livre. Passado o luto, ela tornou-se, oficialmente, mulher de Davi. Não a única. Homens como Davi podiam ter várias mulheres. Betsabá foi a oitava.

Betsabá teve ainda outro filho com Davi. Seu nome: Salomão.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Rainha Esther


















"O Rei amou Esther, mais do que a qualquer outra mulher; alcançando perante ele graça e benevolência.....ele (o Rei) pôs a coroa real sobre a sua cabeça e a fez rainha em lugar de Vashiti " (Livro de Esther cap.2: 17


A rainha Esther é uma das sete profetizas do povo judeu e sua história é contada no Livro de Esther- popularmente chamado de "Meguila" - lido em Purim em todas as sinagogas . A história de Esther se passa durante o reinado de Assuero, rei da Pérsia, que, segundo Rashi, era Xerex , sucessor do rei Ciro e que governou o Império Persa durante os 70 anos de exílio do povo judeu.

O Livro de Esther conta que o rei Assuero costumava comemorar anualmente a data de sua ascensão ao trono com um suntuoso banquete no qual reunia em seu palácio todos seus súditos : ministros, servos, nobres, militares dos exércitos da Pérsia e da Média. A tradição conta que o palácio era tão grande, que abrigava milhares de convidados com seus servos e empregados. Nenhum convidado bebia duas vezes na mesma taça .O vinho servido tinha sempre um ano a mais que o convidado a quem era destinado e era produzido por vinhedos de seu próprio país. No terceiro ano de seu reinado, mensageiros - falando as 70 línguas conhecidas na época- foram enviados por todo o reino para convidar para mais uma festa que costumava durar 180 dias .

Num deste dia após uma discussão entre os persas e medos, sobre qual dos dois povos teria as mais belas mulheres, Assuero quis mostrar aos convidados que sua mulher, a rainha Vashti, originária da Caldéia, era a mais bela entre todas as mulheres. Mandou, então, buscá-la e para mostrar sua lendária beleza, pediu, publicamente, que viesse completamente nua, usando somente a coroa real. Mas, Vashti se recusou a comparecer da forma pedida suscitando a ira do rei. Assuero, então, consultou seus ministros sobre o que fazer com a rainha.

Estes afirmaram que a rainha Vashti não só se rebelou e ofendeu o rei, mas também aos príncipes presentes à comemoração. O rei não poderia deixá-la impune, pois se o fato se tornasse do conhecimento das outras mulheres elas poderiam seguir o exemplo e desobedecer aos maridos. O rei, então, repudia Vashti e manda executá-la, incumbindo seus ministros de encontrar candidatas de igual beleza para sucedê-la.

Os ministros mandaram trazer de todas as partes do reino, mesmo dos lugares mais distantes, todas as mulheres jovens e bonitas, não importando se eram casadas ou solteiras. Os delegados reais de cada região reuniam-nas, às vezes, contra própria vontade e o rei mandava buscá-las e levá-las ao palácio real.

Em Shushan, a capital do Império Persa, havia um judeu da tribo de Benjamim que se chamava Mordechai, que acolhera em sua casa sua sobrinha Hadassa, após a morte dos pais.

Hadassa que passou para nossa historia pelo nome de Esther era uma linda moça a quem Mordechai criara como se fosse sua própria filha.

Alguns sábios acreditam que o nome Esther foi acrescentado mais tarde e significa "a escondida" ou "aquela que esconde", pois ela ocultou sua religião perante o rei, seu marido, durante muito tempo.