segunda-feira, 30 de março de 2009

E Deus fez a mulher....



























... E Deus fez a mulher....
Houve festa no paraíso.
O Eden encheu-se de flores e assim surgiu a primavera...

Deus deu à mulher inteligência e sensibilidade,
e imbuída desta sensibilidade ela deu nome às flores.

Deus deu à mulher um corpo capaz de gerar vidas,
e ela uniu o ato sexual ao amor...

Deus deu à mulher uma voz suave, doce e melodiosa.
e ela a usou para acalentar , ninar e educar os filhos...

Deus deu à mulher um temperamento dócil,
mas alguns homens chamaram a isso submissão...

Deus deu à mulher uma força interna descomunal,
e ela a usa até hoje para lutar pelo que acredita....

Por fim, Deus deu à mulher infinita capacidade de seduzir o coração dos homens,
E ela sussurrou pela primeira vez as palavras "eu te amo".

Nana Pereira

sexta-feira, 20 de março de 2009

Madame Pompadour (1721-1764):





















Madame de Pompadour, pintura de François Boucher



Jeanne Antoinette Poisson, marquesa de Pompadour, foi amante do rei Luís XV de França. Culta e inteligente protegeu escritores e intelectuais e foi uma destacada clientes dos artistas mais importantes da sua época. A ele se deveu a criação da fábrica de porcelana de Sévres, cujas peças podem qualificar-se como o expoente máximo do Rococó. O mesmo pode dizer-se dos leques da favorita, decorados com volutas e motivos florais de abundantes dourados sobre fundos em tom pastel.

Eugénia de Montijo (1826-1920):



























Eugénia de Montijo, imperatriz dos Franceses por casamento com Napoleão III, foi uma mulher lindíssima, cuja elegância marcou uma época. Decidida utilizadora do leque, contribuiu para impulsionar definitivamente a sua fabricação em França. Cliente habitual de Feliz Alexandre, o leque que exibiu no seu casamento foi obra do insigne Jean-Pierre Duvelleroy, um dos fabricantes mais cotados de Paris, desde 1827.
Nos últimos anos de vida, a imperatriz apresentou apenas leques com decorações discretas sobre fundo preto, cinzento ou violeta.

Isabel Farnesio (1692-1766)




























Isabel Farnésio nasceu na cidade de Parma, ao norte da Itália. Era a segunda filha do príncipe herdeiro do ducado de Parma, Eduardo Farnésio, e de sua esposa, Sofia Dorotéia de Neuburgo.

As mortes sucessivas de seu irmão mais velho, Alexandre Inácio (5 de Agosto de 1693), e de seu pai (6 de Setembro de 1693) deixaram-na como a terceira na linha de sucessão ao ducado, sendo precedida unicamente por seus tios, Francisco (que se tornaria seu padrasto em 1696) e Antônio Farnésio, que reinaria com a morte do irmão e morreu sem descendência. Tal fato não só converteu Isabel na única e legítima herdeira das propriedades dos Farnésio, como também dos bens da família Médici (via sua bisavó Margarida de Médici), uma vez que a família extinguiu-se em 1743.

No dia 24 de Dezembro de 1714, Isabel Farnésio casou-se com o rei Filipe V da Espanha, viúvo da princesa Maria Luísa de Sabóia. Ela tinha vinte e dois anos Filipe, quase trinta e um. Bela, inteligente e ambiciosa, Isabel desde muito cedo soube dominar o fraco espírito do marido, submetendo assim os interesses da Espanha aos seus sonhos de conquistas na Itália.

Isabel motivou as invasões da Sardenha e da Sicília (1717-1718). Consegui fazer de seu filho primogénito Carlos (futuro Carlos III) o rei de Nápoles e da Sicília, e de seu quarto filho, o infante Filipe, o duque de Parma.

Anna Pavlova (1881-1931):




























Portait of Anna Pavlova by Jean Thomassen.



Quando entre 1909 e 1913, a bailarina Anna Pavlova triunfava nos palcos como prima ballerina dos Ballets Russos de Diaghilev, a Arte Nova imperava na arquitectura e nas artes decorativas. Não é de estranhar, pois, que Pavlova a utilizasse nos seus desenhos nos estampados das roupas de passeio, na decoração da sua mansão e até nos acessórios como xailes, jóias e leques. Um crítico, ao vê-la dançar Paquita, uma fantasia espanhola, garantiu que a bailarina «movia o leque que trazia com tanta graciosidade como os pés».

Eleonora Duse




























Filha de atores, Eleonora Duse cresceu nos palcos. Amante de D’Annunzio, interpretou os seus dramas com a maestria que lhe era própria. A grande dama do teatro italiano foi, também, uma mulher extraordinariamente elegante, que, como outras grandes atrizes da época, prestava especial atenção à sua maneira de vestir. Encomendava os seus leques aos grandes artesãos de Milão e Roma, que costumavam decorá-los com a sobriedade em que a atriz fazia gala. Nos seus desenhos abundavam os motivos florais, as curvas sinuosas estilo Liberty e alguns toques de dourado.

Cosima Wagner




























A vida de Cosima Wagner foi marcada pela música: filha de Franz Liszt e esposa do maestro Han von Bülow, abandonou este para casar com o compositor Richard Wagner, então no auge da fama. Mulher da sua época, o leque fazia parte dos seus pertences, mas, atendendo ao seu caráter forte e a sua paixão pela música, é de pensar que o teria usado mais como batuta do que como acessório coquette. Defensora  da música wagneriana, desde a morte do compositor em 1883 consagrou a sua vida a enaltecer a sua obra e a sua memória.

Madame de Sevigné (1626-1696):



























Marie de Rabutin-Chantal, marquesa de Sevigné, passou à história das letras francesas, graças à correspondência que , da sua residência parisiense do hotel Carnavalet, manteve com sua filha, Françoise-Marguerite, condessa de Grignan, que residia na Provença. Nas suas cartas, publicadas sob o título de Memórias em 1696, madame de Sevigné narra com pormenor e espontaneidade os costumes que imperavam na corte de Luís XIV, entre os quais, inclui, evidentemente, o uso que as damas faziam do leque.

Rainha Maria Cristina de Bourbon (1806-1878):




























Maria Cristina, a bela princesa napolitana que conquistou o já caduco Fernando VII, valeu-se, sem dúvida, da linguagem do leque para enviar recados e dissimular os seus sentimentos. Primeiro, para velar pelos interesses de sua filha, a futura Isabel II, ameaçados pelo carlismo. Depois, já viúva, para encobrir o seu casamento secreto com o duque de Riansares. Os leques da rainha, segundo a moda romântica seriam brisé, feitos de materiais nobres e com caprichosos perfis.

Madame Récamier (1777-1849):




























Julie Bernard, filha de um abastado banqueiro e esposa do também banqueiro Récamier, reinou nos salões parisienses de princípio do século xix. Amiga de madame de Staël, foi amante do pintor Benjamin Constant e, posteriormente, do escritor François Chateaubriand. No seu tempo, o estilo caracterizado pela austeridade de formas e o regresso à estética clássica transformaram o leque num objeto démodé. Porém, as damas da aristocracia e da alta burguesia resistiram a deixar de usá-lo, quer pelo que possuía de objeto de luxo, quer pela sua condição de emissor de códigos secretos para o galanteio.

Rainha Adelaide (1792-1849):


























Retrato de Adelaide de Saxe-Meiningen, por Samuel Diez (1830).


Adelaide de Saxónia-Meiningen, cuja memória foi perpetuada na cidade australiana homónima, foi o contraponto adequado ao carácter complexo de seu marido, Guilherme IV, rei de Inglaterra. Doce e reservada, a sobriedade dos seus hábitos não foi obstáculo a que no seu guarda-roupa figurasse uma variada colecção de leques. Correspondendo ao seu gosto pelas Belas-Artes, alguns exemplares tinham a folha delicadamente pintada e assinada pelos melhores artistas da época.

Carlota México (1840-1927):






















Filha de Leopoldo I, rei da Bélgica e esposa do arquiduque Maximiliano da Áustria, Carlota viu-se coroada imperatriz do México quando a conjuntura política europeia assim o determinou. A insurreição mexicana levou-a percorrer as cortes da Europa, solicitando ajuda para o marido e, possivelmente, o seu leque encobriu muitas das lágrimas derramadas perante o desinteresse dos soberanos europeus. Maximiliano foi fuzilado em Querétaro e Carlota, enlouqueceu, tendo acabado os seus dias confinada ao castelo de Bouchout, perto de Bruxelas.

Imperatriz Josefina (1763-1814):



























Marie-Josèphe Rose Tascher de la Pagerie passou à História como Josefina de Beauharnais, o apelido do seu primeiro marido. Depois de enviuvar, conheceu Napoleão com quem casou em 1796. Apesar do amor que sentia por ela, o imperador repudiou-a perante a impossibilidade de lhe dar descendência. Retirada para Malmaison é provável que o ar do leque lhe recordasse a sua Martinica natal e as varetas de tartaruga ou madrepérola, o brilho de uma corte que lhe estava definitivamente vedada.

Rainha Alexandra:























Alexandra, uma das mulheres mais belas do seu tempo, era filha do rei Cristiano IX da Dinamarca. Em 1863 contraiu matrimónio com Alberto Eduardo, então príncipe de Gales e depois rei de Inglaterra com o nome de Eduardo VII. Devido à sua posição privilegiada, Alexandra ditava a moda e impunha critérios estéticos. Costumava usar leques, frequentemente adornados com flores, geralmente rosas, pelas quais sentia especial predileção. Por isso era conhecida como The Queen of Roses (A rainha das rosas) e deu o seu nome a uma variedade desta flor.

Lola Montez


























Lola Montez, cujo verdadeiro nome era Eliza Rosanna Gilbert (17 de fevereiro de 1821 - 17 de janeiro de 1861), foi uma bailarina e uma atriz nascida na Irlanda .
Maria Dolores Eliza Gilbert, conhecida como Lola Montez, soube enfeitiçar com a sua beleza muitos homens poderosos e chegou a tornar-se amante do rei Luís I, da Baviera, que, depois de a cobrir de riquezas e honras – nomeou-a condessa de Landsfeld e baronesa de Rosenthal – perdeu o trono por causa dela. A aventureira, de origem irlandesa, fazia-se passar por espanhola e, como tal, o leque que manejava com especial destreza era um dos componentes essenciais dos seus adereços artísticos.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Imperatriz Jitô





























O Japão conheceu muitas imperatrizes. No passado, muitas vezes, o país foi governado por mulheres sábias e capazes, enquanto na China, país vizinho, houve apenas uma mulher que liderou o país, chamada Sokuten Bukô (624~705). Ela fundou a Dinastia Chou, tornando-se imperatriz (690~705). Apesar de seu caráter irascível, sua época foi marcada por prosperidade nunca vista na história da China. Nesse tempo, o Japão foi governado pelo imperador Tenmu, a imperatriz Jitô e o imperador Monmu. O Japão sempre se mirou na China, seu gigantesco vizinho, mas, tratando-se de valorização da mulher, os japoneses tinham mentes mais abertas que os chineses. Aliás, nos primórdios, o sol que ilumina o universo era representado por uma deusa.

A imperatriz Jitô, que governou o Japão entre 690~697, após a morte do seu marido e tio, o imperador Tenmu, foi uma mulher inteligente e sagaz.

No ano 686, quando o seu marido faleceu, receando que o príncipe Otsu, filho de sua irmã, tornasse sucessor do trono, já que o príncipe era uma figura muito querida por todos e versado na arte de poemas, ela fez com que Otsu fosse acusado por crime de traição e executado. Dessa forma, conseguindo afastar o seu principal rival, ela se tornou regente de seu filho, Kusakabe-no-ôji (662~689) e, após a morte dele, que sempre teve saúde delicada, conquistou o trono, aos 43 anos.

A imperatriz Jitô seguiu a linha de governo de seu marido, o imperador Tenmu, com o poder centralizado, estabelecendo a constituição Ritsuryô. Pelas leis de Ritsuryô, o povo tinha a obrigatoriedade de se registrar em koseki (registro civil), renovado de seis em seis anos, fazendo com que a população fosse controlada pelo poder central, e não mais pelos clãs locais.

Além de sedimentar o domínio de todas as terras e do povo pelo governo central, comandado pela corte Yamato, a imperatriz Jitô dedicou-se à construção do Palácio Fujiwara (província de Nara), que foi concluído em 694 e abrigou três gerações de imperadores.

Ela foi uma mulher de fibra, que lutou ao lado do marido durante a Revolta de Jinshin (672), da qual seu marido saiu vencedor na briga pela sucessão ao trono.

quarta-feira, 18 de março de 2009






















As mulheres da Grécia contavam sua idade à partir de seu casamento e não de seu nascimento.

Homero


























Eu creio na inocência das mulheres, como sinónimo de pureza; mas de simplicidade não. O conhecimento precoce dos segredos mais rebuçados da vida, é um segundo instinto com que vieram à luz as mulheres do século XIX.

Camilo Castelo Branco


























Todas as mulheres têm na vida uma hora perigosa. Essa hora decide da sua existência inteira. É a hora do Diabo. É o instante de fragilidade em que sucumbem para sempre, ou em que para sempre se salvam.

Júlio Dantas





















Mulheres! O vosso verdadeiro amigo não é o homem que a vossa beleza atrai, mas sim aquele que os vossos defeitos enternecem.

Autor: Lémontey , Pierre-Édouard



























A mulher alimenta-se de carícias, como a abelha das flores .
Anatole France





















Ao homem é lícito desejar as coisas sensíveis de maneira racional, enquanto à mulher é lícito desejar as coisas racionais de maneira sensível... A natureza secundária do homem é a principal da mulher.

Fonte: "Fragmentos"
Autor: Novalis , Friedrich


























Pelo exemplo de Beatriz compreende-se facilmente como o amor feminino dura pouco,
se não for conservado aceso pelo olhar e pelo tato do homem amado.

Dante Alighieri


























Nisto se resume a vida: um instante de prazer. Para longe com as mágoas. Se assim curta é a existência, venha Baco com as danças. as coroas florais, as mulheres. Que hoje eu prove a felicidade, não sei como será meu amanhã.

(Desconheço o autor)























Quando uma mulher estiver falando com você, escute o que ela diz com seus olhos.

Victor Hugo



























Existem três coisas que os homens podem fazer com as mulheres: amá-las, sofrer por elas, ou torná-las literatura.

Stephen Stills























Os raciocínios do homem, todos juntos, não valem o sentimento da mulher.

Voltaire


























A mulher deve ser meiga, companheira do marido, tanto na alegria como na tristeza. O homem deve ser amigo da mulher e, no seu amor, deve respeitar sua alma e seu corpo como sagrados que são.

Mahatma Gandhi




















"Quando se escreve sobre mulheres, deve-se mergulhar a caneta em um arco-íris."
Diderot






















"Eu quis fazer um poema,
Cantar em verso a mulher,
Mas veja só o meu dilema,
Meu tormento e agonia:
Como fazer um poema
Para a própria poesia?"

Antônio Manuel A. Sardenberg

domingo, 8 de março de 2009




























O coração de uma mulher é um pedaço do céu, imenso, infinito, cheio de estrelas ,
prateadas pela lua, cheio de nuvens macias e mistérios sem fim.
Dizem que Deus colocou no coração o gênio das mulheres , para que tudo que viesse delas fosse feito com amor.
Por isso podemos afirmar que a mulher é a mais bela poesia do Criador..

Nana Pereira

Perfume de mulher




















As mulheres constituem a metade mais bela do mundo. Jean-Jacques Rousseau



Mulheres são a melhor parte da criação divina!
O que seria dos poetas sem uma musa que lhe inspirasse , que lhe atingisse em cheio o coração?
Não haveria poesia!
E sem poesia, que mundo triste e sem cor!
É preciso ouví-las com os olhos, como dizia Victor Hugo, pois até no silêncio elas transpiram sensibilidade.
Mulheres são como sonhos, como flores a desabrochar, sempre!
Elas flutuam, dançam, encantam e dão o tom certo da música universal da vida.
Allegro, andante , più belas, entre pausas e acordes vão deixando suas marcas no coração do mundo.
A mim me parece que foram criadas de um pó cintilante e incandescente.
Tudo o que há de mais belo no mundo tem lá no fundo um toque feminino, como se cada uma delas possuisse uma varinha mágica, uma caixinha encantada cheia de poções e feitiços.
São tantas e tão belas as mulheres!
Mulheres são flores com alma perfumada.
Mulheres violetas, singelas, simples e fortes.
Mulheres margaridas, alegres, irreverentes .
Mulheres rosas, altivas, belas e ardilosas.
Mulheres girassóis, que aquecem corações e iluminam caminhos.
Mulheres amores-perfeitos ,delicadas, discretas e amorosas.
Mulheres manacás, docemente perfumadas , inconstantes e inquietas
Mulheres lírios, de rara beleza , meigas flores que emanam paz e doçura.
Mulheres são magníficos jardins em qualquer parte do mundo.

Nana Pereira

sábado, 7 de março de 2009

Homenagem às minhas amigas queridas

Tannhäuser




























Com um ataque preciso das flautas e clarinetas a música se inicia.
Por um momento penso que todos ouvem as batidas do meu coração.
As cordas em silêncio respeitoso, aguardam o momento certo para juntarem-se à orquestra.
Enquanto conto as pausas e acompanho a evolução dos metais, minhas mãos apertam o violino e todo meu corpo estremece.
Meu Deus! Quão bela é a música de Wagner!
Os violinos e violas dão seus primeiros acordes e lentamente a melodia entranha-se na minha alma.
Meus olhos acompanham a partitura, minha mão acaricia o violino e meu cérebro fica tomado de lembranças de que coisas que nunca vivi.
Penso nos milhões de mulheres judias sendo torturadas e mortas ao som de Wagner. Meu peito parece que vai explodir , meus olhos enchem-se de lágrimas e uma tristeza sem tamanho toma conta de mim.
Minha tristeza aumenta quando penso na história universal das mulheres, que sempre foram tratadas como seres inferiores e sem valor.
A música vai chegando ao fim, entre lágrimas golpeio o violino com o arco, como se quisesse gritar para todos que o mundo só é mundo porque nós mulheres existimos e geramos vidas.
Parece incoerente para mim, existir tanta beleza nas mulheres e ninguém perceber.
Penso que uma cegueira tomou conta dos seres e ninguém vê as barbaridades que são cometidas contra nós mulheres , uma surdez convenientemente cruel que não ouve os pedidos de socorro e os anseios de nossos corações.
Não queremos a hipocrisia do dia internacional da mulher , queremos que nos olhem com olhos de amor, que nos toquem com mãos carinhosas todos os dias de nossas vidas.

Nana Pereira

quinta-feira, 5 de março de 2009




























E se quer que eu lhe diga uma verdade, uma verdade que não encontrará em nenhum livro, creio eu: as únicas mulheres felizes no mundo são aquelas às quais não falte nenhuma carícia.Essas vivem sem preocupações, nem pensamentos torturantes, sem outro desejo senão o do beijo próximo, que será delicioso e calmante como o último beijo.


Trecho de " As carícias" , Guy de Maupassant

quarta-feira, 4 de março de 2009

A mulher






















A mulher é o único ser da criação que simboliza todas as cores .
E encanta...... com perfume de flor.
Ela é rainha quando veste-se de amarelo e brilha como o sol
É guerreira quando simboliza o verde da esperança e vai à luta atrás de seus sonhos
É frágil, doce e meiga quando veste-se de cor-de-rosa
É o branco da paz ,quando acalma e tranquiliza
É o vermelho da paixão, poderosa e corajosa
Ela possui todas as cores, todas as tonalidades
Tem o brilho das estrelas no olhar
Toda mulher é cor, toda mulher é flor
É poema, é poesia, é amor.

Nana Pereira

Plena mulher




















Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e dois corpos
por um só mel derrotados.
Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia
corre pelos tênues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo noturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio.

Pablo Neruda

A mulher que passa



























Meu Deus, eu quero a mulher que passa
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!
Oh! como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!


Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pelos leves são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.


Meu Deus, eu quero a mulher que passa!


Como te adoro, mulher que passas
Que vens e passas, que me sacias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Por que me faltas, se te procuro?
Por que me odeias quando te juro
Que te perdia se me encontravas
E me concontrava se te perdias?


Por que não voltas, mulher que passas?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida
Para o que sofro não ser desgraça?


Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Eu quero-a agora, sem mais demora
A minha amada mulher que passa!


Que fica e passa, que pacífica
Que é tanto pura como devassa
Que bóia leve como a cortiça
E tem raízes como a fumaça.

Vinícius de Moraes

Receita de mulher


























As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário. É aconselhável na axila uma doce
relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!).
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher de sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação imunerável.

Vinícius de Moraes


























A graça é um reflexo do amor sobre um fundo de pureza. A pureza é a própria mulher.

Jules Michelet
























Acaso existe no mundo algum autor que, como os olhos da mulher, nos ensine o que é beleza?
Shakespeare















Existem certas coisas que um olho feminino vê com maior precisão do que cem olhos masculinos.

Gotthold Lessing



























O coração de uma mulher é uma parte dos céus; mas como o firmamento, muda noite e dia.
Lord Byron














































As mulheres constituem a metade mais bela do mundo.
Jean-Jacques Rousseau






A mulher está muito perto da Natureza; há nela os mesmos encantos e os mesmos perigos.
 Agostinho Silva































As mulheres vêem tudo ou não vêem nada, segundo as disposições da sua alma: a única luz delas é o amor.

Balzac

terça-feira, 3 de março de 2009



























A verdadeira religião do mundo vem das mulheres muito mais que dos homens, das mães acima de tudo, que carregam a chave de nossas almas em seus seios.

Oliver Wendall Holmes


Mundos são conquistados, galáxias destruídas, mas uma mulher é sempre uma mulher.
Capitão Kirk





.







A mulher é uma substância tal, que por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova. 
Leon Tolstoi